domingo, 17 de setembro de 2017

Como iniciei minha jornada

Olá pessoal,

Para quem não acompanhou, falei sobre minha própria experiência de não ter mais um amigo tão próximo para travar conversas sobre dinheiro, em alto nível. Então, voltando alguns anos, vou relatar minha experiência nesta jornada.


Antes de conhecer corretoras, eu fazia o que uma parte considerável dos brasileiros ainda faz hoje em dia: guardava o que sobrava na poupança. Nesta época, eu ainda tinha essa mentalidade de pagar as contas, e depois caso sobrasse eu me pagaria, em forma de aporte na poupança. No entanto, após ler alguns livros e consumir alguns materiais na internet, percebi que eu deveria de fato inverter esta mentalidade: primeiro eu deveria me pagar, pois sou o principal merecedor por salários que recebia. Afinal, meu sangue estava ali, na grana mensal.

Parece clichê "pague-se primeiro", dizem os principais conteúdos sobre finanças pessoais. Só que esta mudança de mentalidade faz uma enorme diferença, para a primeira etapa no caminho do enriquecimento, que é construir a reserva de emergência. Ainda pegando o gancho das recomendações dos principais conteúdos sobre finanças pessoais, a reserva deve ser ao menos entre 3 e 6 meses de seu padrão de vida inalterado. Mas sinceramente, muito antes de me deparar com esta "regra", eu já possuía um patrimônio bem superior, então nunca usei-a de fato. Eu considero, pela minha própria experiência, se você coloca a meta do milhão, deve concentrar seu esforço inicial em poupança e rendas fixas realmente fixas, ou seja, pré-fixadas. Obviamente eu consideraria mesclar rendas "fixas" por IPCA e SELIC, mas existe também o fator emocional envolvido no início da jornada. Imaginem que quem quer investir além da poupança, quer melhores rendimentos, mas dificilmente ainda está preparado emocionalmente para lidar com variações. Variações, eu digo quanto à IPCA e SELIC, que são taxas que variam, então a previsibilidade de quem quer ganhar confiança poderia ser abalada.

Neste quesito, antes de conhecer as corretoras, eu "investi" em poupança e principalmente pré-fixados. Coloquei uma dose pequena em pós-fixados, que seria o proporcional de "risco" que eu tinha confortavelmente assumido. Isso porque, mesmo se fossem possíveis taxas IPCA e SELIC de zero a.m., era a proporção de risco que estava disposto a correr. Então, havia calculado o valor de previsibilidade como renda fixa global, para poder projetar, no pior dos casos, quanto teria de rendimentos líquidos em períodos que planejava remanejar. Mas como saberia quais investimentos deveria fazer, em específico? Nesta época, pedi ajuda de um amigo meu, que estava realizado graduação em economia. Ele achou que seria prudente fazê-lo em um banco que teria o suporte do governo como por exemplo Banco do Brasil e Caixa. Isso aumentava a minha sensação de segurança, em uma época que não tinha quase conhecimento nenhum.

Durante minha caminhada, tive previdência privada (o que até hoje não entendo como agentes de investimentos de grandes corretoras insistem em continuar fazendo), boa parte em poupança, e pasmem: até título de capitalização. Incrível como as pessoas são ludibriadas por coisas assim. Quer apostar? Jogue na Mega Sena! Na mesma pegada, também eventualmente comentam sobre consórcios, ainda bem que nunca tive nenhum.


Antes de casar, em um momento em que estava havendo a farra do crédito, quase caí no conto do financiamento da casa própria. Imaginem ficar 30 anos imobilizado pagando por alguma coisa, que nem sei se irei usufruir por tanto tempo assim? Me assustava na época saber que eu poderia cair nessa, pois não tinha o conhecimento nem o patrimônio que possuo hoje. Eu acabei dando uma sorte enorme, pois minha esposa ganhou o imóvel como foi acertado de herança. Então, desde casado, não possuo despesas fixas para moradia.

Então, chegou o momento em que eu entendi que ainda assim não estava sendo muito inteligente em meus investimentos. Comecei a procurar material de melhor nível, mesmo em uma época em que se falava ainda muito pouco sobre dinheiro. Estou escrevendo sobre o ano de 2010, praticamente 7 anos atrás. Nesta mesma época, estava iniciando o mercado de compras coletivas, e me lembro bem que a primeira "promoção" de estréia (que perdi, pois a demanda foi absurdamente alta) foi de 24 latas de coca-cola, por 5 reais. Aí aconteceu algo inusitado: pintou uma promoção de uma corretora bem conhecida hoje em dia "Aprenda a investir". O preço era bem atrativo, e como eu estava querendo melhorar meus conhecimentos e não estava encontrando nada muito relevante, resolvi comprar.

Fonte sobre as primeiras promoções: 24 latinhas de Coca-Cola de R$ 33,60 por R$ 5 (!) e até cursos para investir na bolsa de valores de R$ 250 por R$ 49, entre muitas outras ofertas.

Só tenho a afirmar que foi o que precisava para dar o pontapé que precisava em investimentos. O curso de um dia inteiro abriu minha cabeça, a ponto de não pensar duas vezes para tirar boa parte do que possuía em bancos e transferir para a corretora. Claro que corretores também visam ganhar em cima de quem investe, afinal ninguém trabalha de graça. O que me deixou muito irritado, foi descobrir que os gerentes de bancos trabalham por metas, então indicam investimentos terríveis. Tudo para cumprir metas. Desde então, passei a ignorar ou cortar o discurso de quem trabalha em banco. Quando me ligavam, eu costumava deixar falar todas as baboseiras a que foram treinados. Mesmo sabendo que isso implicava em perda de tempo minha, fazia questão de fazerem perder seus tempos, ao passo de, quando achavam que iam fechar, eu dizia: "olha, eu já invisto há um tempo, então tenho certo entendimento sobre investimentos. Você está perdendo seu tempo comigo, pois esta categoria X tem estas desvantagens <argumentos>".

Assim como em 2010, fui refém das compras coletivas por um tempo. Já cheguei a adquirir serviços e produtos que acabaram expirando, muita coisa que nem precisava, mas não queria perder a "oportunidade". Hoje esfriei neste mercado, apesar de hoje permitirem o acúmulo como créditos para produtos e serviços expirados, algo que não existia nesta época. Tem muita opção hoje em dia. Acreditava que seria mais inteligente adquirir coisas que na verdade nem precisaria na maioria das vezes, pelo simples fato de estarem mais baratas que o usual. Outra lição aprendida.

Já investi em FII, operei em opções, ações. Ganhei e perdi dinheiro, mas graças aos FII's principalmente, que ganhei mais do que perdi. Hoje penso em voltar ao mercado de ações, mas não pra trazer trades. Aumentei minha exposição em multimercados, um bom percentual permanece em renda "fixa" e analiso ETF's, fundos de ações e até FII's novamente. Penso em FII's, para aumentar o fluxo de caixa.

E cá estou, "casadinho" como gostam de referenciar na globosfera, mas no meu caso foi uma grande vantagem ser casado, também financeiramente falando. Hoje possuo despesas gerais muito menores do que na época em que era solteiro, até porque eu morava de aluguel e precisava arcar com esta despesa sozinho. Ainda mais que dona encrenca também trabalha, e dividimos tudo proporcionalmente.

Não vai me dizer que não é bom demais? 😎

Espero que minha experiência ajude, de alguma maneira, pessoas que buscam evoluir nesta missão tão árdua, que é guardar, investir e colher os frutos. Que vejam que não apenas eu, mas como praticamente todo mundo erra pra caramba para evoluir.

Grande abraço!


quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Atualização do patrimônio financeiro de Agosto/2017

Salve, guerreiros! Lá vem desabafo...

Vida Pessoal


Acompanhando alguns blogs, fazendo um curso online, investindo devagar na pós... Quase o de sempre. Um amigo meu me recomendou fazer exercícios funcionais ou pular corda em casa. Quem sabe não coloco isso em prática (sabe-se Deus lá quando).

Estou numa bad e ao mesmo tempo feliz. Um parceiro meu, que converso à altura, se mudou. Tínhamos contato presencial, praticamente diário, onde travávamos conversas sobre vários assuntos sobre finanças pessoais e investimentos. Chateado por um lado, pois não terei tanto contato mais com ele, mas feliz porque ele saiu dessa merda de país. Pra ele, foi uma oportunidade e tanto, então torço que ele tenha muito sucesso.

Me chateia não conseguir falar com praticamente ninguém sobre poupar, investir, e hábitos para alcançar liberdade e independência financeira. A maioria das pessoas que tento falar sobre isso, são as mesmas retóricas:

- O país está uma merda, o governo vai confiscar
- Não gastar é interpretado para muitos como sacrifício e não viver a vida de maneira plena
- As pessoas acham que pra investir precisam de muito dinheiro, então tentam justificar que não conseguem, devido ao próprio padrão de vida
- Acham o assunto chato, então preferem falar sobre futebol e programas de TV inúteis
- As pessoas confundem bondade com vitimismo. Me considero uma pessoa relativamente bondosa, mas totalmente contra benefícios sociais e interferência estatal. O discurso impera que capitalismo e meritocracia são coisas de gente malvadona. Escrevo sobre isso, pois se tivessem discernimento e disciplina para poupar e investir, e se preocupassem em ascender como profissionais, esse tipo de discurso não teria tanta força hoje em dia

...


Poderia ficar aqui listando mais motivos, estes foram os que me vieram à mente rapidamente. Por essas e outras, que não acredito poder ter uma conversa coerente e saudável com praticamente ninguém hoje em dia, o que me entristece muito.

Ao meu ver, eu deveria participar mais da blogosfera de finanças, pois os blogueiros parecem muito mais alinhados com a maneira que encaro as coisas. Parece que todos procuram sua tribo. Eu tenho tentado encontrar a minha tribo nas pessoas que me rodeiam, mas infelizmente me sinto um peixe fora d'água. Acho que estive este tempo todo procurando nos lugares errados.

Já faz um tempão que me sinto assim, completamente um peixe fora d'água. Praticamente ninguém à minha volta investe, poupa alguma coisa. Duvido que tenham ao menos 1/4 de milhão, mesmo gente que já possui quase o dobro da minha idade, que ganha o triplo e gasta o quádruplo que eu. O peixe da imagem sou eu: não vejo ninguém de minha convivência pessoal no outro aquário.

Finanças Pessoais




Bom, neste mês não participei de nenhum IPO, pois não houve nenhum. Setembro era previsto de ter, mas mesmo que tenha, não vou participar. Não acho viável participar de loteria, seguirei o conselho do titio Buffet.

Aumentei (dobrei) minha exposição em fundos multimercados. Como o mercado reagiu muito bem, e parte dos rendimentos se deve à ações, os rendimentos brutos foram acima da média que venho registrando durante este ano de 2017. Achei interessante, e isso aumenta minha confiança em realocar grana nesta categoria, e quem sabe destinarei para os fundos de ações.

Como as ações estão subindo bastante, ando colhendo ótimos frutos. Acompanhando o crescimento bruto do patrimônio, ele tem subido substancialmente mais em relação aos últimos meses. Isso será justificado no próximo tópico, onde comento sobre a minha atualização do patrimônio.

Pra terem uma ideia de como está o percentual global dos meus investimentos: 13% multimercados e 87% renda fixa. Como não pretendo mexer nos que estão com vencimento no decorrer dos próximos anos, não detalho aqui os de renda fixa.

Um coincidência, é que atualmente o Corey postou (link) que está com 200 mil para investir. Esta é uma grana aproximada que terei em mais ou menos 3 meses, por conta de um vencimento. Como o blog dele é infinitamente mais comentado que este, irei consumir os comentários que já vejo que estão em grande volume lá. Também vou ver se comento lá.

E a Magazine Luiza, hein? Fiquei impressionado com esta empresa. Teve desdobramento das ações recentemente, e mesmo assim só sobem! Impressionante! Vamos ver se o limite histórico do IBOVESPA será rompido! Já tem quem creia que chegará aos 87 mil pontos:

https://www.moneytimes.com.br/risco-menor-pos-recessao-pode-levar-ibovespa-87-mil-pontos-avalia-bradesco

Atualização do patrimônio financeiro


Aporte de 4.5k (olha o quebrado de novo) e, para minha feliz surpresa, obtive um rendimento bruto de 9.5k. Mês de Agosto longo, mais dias úteis, teve amortização de uma debênture. Porém, isso não minou seriamente o rendimento bruto.

Aumento patrimonial bruto em 14k. Patrimônio bruto total em 1 milhão e 52 mil reais. Deu mais uns quebrados, mas vou usar pra pagar os impostos dos ganhos de IPO's que participei em Julho.

Até o ranking!